Hospital, Açougue....e Administrador Incômpetente !!

Parte 1
Há quinze dias, minha mãe sofreu uma queda na escada de nossa casa. Ao socorrê-la, o vizinho imediatamente telefonou para SAMU. Apesar de o vizinho explicar que minha mãe estava sangrando muito, havia caído da escada, o SAMU simplesmente ignorou essas informações e mandou que o vizinho telefonasse para o Corpo de Bombeiros. A ambulância do Corpo de Bombeiros chegou na minha casa, enquanto eu saía do trabalho e ia para Angra. Há que se frizar a extrema competencia que esses profissionais trataram minha mãe. Devido ao fato de morarmos no centro da cidade, minha mãe foi levada para o Hospital da Japuíba.Quando a ambulância chegou lá, fui fazer a ficha dela. Fui até a recepção, onde as duas funcionárias que estavam lá, conversavam sobre a novela e folheavam uma revista de produtos de maquiagem. Com educação me aproximei de uma delas e expliquei o que se passava. Sem me dirigir o olhar, a funcionária me perguntou qual era o nome da minha mãe, eu estava dizendo quando fui interrompida pela risada da outra funcionária dizendo que um determinado creme anti rugas estava na promoção. Minha mãe estava na emergência, se esvaindo em sangue e eu tentando fazer a ficha de atendimento dela. Achei aquela postura totalmente incoerente e bem firme repeti o nome da minha mãe. A funcionária me deu uma folha para que eu entregasse ao médico. Voltei para a emergência, onde minha mãe já estava em outra maca. Se aproximou uma enfermeira de idade muito avançada e com toda brutalidade de um tiranossauro rex, levantou a proteção lateral da maca, empurrando o braço da minha mãe que estava visivelmente quebrado. Só tive tempo de gritar com ela e pedir que tivesse cuidado com a minha mãe.Na sala de raiox, o aparelho não tinha luz indicadora, o operador (que até aonde sei trabalhava como motorista) tentava alinhar o aparelho através de adivinhação. O ortopedista (que acredito ter se formado em umas dessas universidades onde se compram as vagas) a fim de arrotar seu profundo conhecimento médico em fraturas, mandou refazer as radiografias por mais cinco vezes. Vi minha mãe sofrendo e muitas pessoas passando pra lá e pra cá sem fazerem absolutamente nada! O ortopedista mandou engessar o braço da minha mãe e leva-lá pra casa. Só deveríamos voltar dali a uma semana. Foi um período de muito sofrimento para minha mãe. Eu tentei convencê-la a irmos para outro lugar, mas ela me pediu para aguardarmos um pouco mais. 

Parte 2
Na data prevista, retornamos aquele açougue. O mesmo cenário descabido. O ortopedista, foi o mesmo cavalo da semana anterior. Dei bom dia e ele foi logo dizendo para ir "lá tirar o raiox e depois voltar". Nenhum pedido de raiox, nada! Assim fizemos. Quando voltamos, ele me perguntou qual era o raiox do braço esquerdo e qual era do braço direito. Diante da minha perplexidade, ele me disse para voltar ao setor e pedir ao funcionário que marcasse. Fiquei aguardando durante quase quinze minutos, os funcionários do raio x, discutindo entre eles e olhando a radiografia tentando adivinhar qual era o esquerdo e qual era o direito ... Finalmente marcaram com caneta permanente um "d" e um "e" no raiox, e eu retornei ao consultório do "excelentíssimo doutor". Ele deu duas olhadas e foi logo dizendo que minha mãe iria operar, perguntou se tínhamos plano de saúde, se tivéssemos ele colocaria "placa" do contrário "pinos externos". Minha mãe tem 67 anos, e é a primeira vez que ela passa por esse tipo de trauma. Era uma situação extremamente difícil para ela e o mais revoltante era ver esse "médico" agir como se estivesse falando com um bicho! Respirei fundo e perguntei a ele se eu poderia levar minha mãe para casa e retornar depois, para que eu pudesse conversar com ela e juntas decidirmos o que seria feito. Ele simplesmente deu com os ombros e disse: "Vocês é que sabem!" Agradeci e fomos embora. Naquela mesma tarde, levei minha mãe para outro hospital aqui na região. E a experiência foi totalmente oposta! Desde as recepcionistas, auxiliares e técnicas de enfermagem, TODOS foram extremamente gentis, profissionais e HUMANOS! Dessa vez, o ortopedista (que sim, merece todo meu respeito) solicitou todos os exames necessários (inclusive a tomografia que o Hospital da Japuíba nem se importou em fazer). Após esses exames o ortopedista trouxe um clínico geral e juntos conversaram com minha mãe e comigo. Ela fraturou o punho esquerdo e direito, a cirurgia era necessária e o procedimento seria bem simples, dois pinhos em cada pulso e um fio de aço envolvendo a estrutura, tudo sob a pele. O ortopedista pediu a retirada imediata dos gessos que o Hospital da Japuíba colocou inadequadamente na minha mãe ( eles apertaram demais o braço dela.) Quando a funcionária retirou o gesso, o braço da minha mãe ainda estava sujo, com sangue, terra e folhas de plantas do dia da queda. A experiência que tive com o Hospital da Japuíba foi horrível. Esse lugar é uma vergonha para o nosso município!  

MAÇARICO NELESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS